Bonequinha de Paris
No aniversário de Julinha, o padrinho lhe deu de presente uma linda boneca, que havia trazido de Paris. A boneca tinha os cabelos castanhos cacheados, olhos azuis, que abriam e fechavam, e a boca vermelhinha, com dentinhos de marfim. Quando lhe apertava a barriguinha, disparava a chorar! Era uma encantadora francesinha, que ficava em pé e falava mamã e papá!
Júlia, bem contente, deu-lhe o nome de Nina e preparou uma festinha para apresentar a nova “filhinha” aos amigos da cidade. A turma ficou encantada com o luxo da bonequinha francesa, que tinha um lindo véu e vestia roupas de seda e rendas. Sapatos e luvas de camurça perfumada davam-lhe um toque de elegância e beleza. As colegas de Julinha sonhavam com uma bonequinha assim, e não lhe davam sossego.
Certa vez, em um dia azarado, quando mamãe estava ausente e Julinha brincava de casinha, ela deixou a boneca cair de mau jeito no chão. Nina quebrou o narizinho e o pé, e começou a chorar sem parar. Chorou... Chorou até. Era a boneca chorando de um lado e Julinha do outro.
Desesperada, a babá chamou o médico da família, que veio depressa solucionar o problema. Recolheu os pedacinhos quebrados do chão e, com muito jeitinho, começou a tratar da boneca. Apertou o nariz daqui, torceu o pé dali, apalpou a barriga acolá, até colocar tudo no lugar!
Ao saber da história, a família deu boas risadas, e Julinha fez esta bonita canção!
Eu tenho uma bonequinha assim...
Que veio de Paris pra mim.
Ela fala mamãe, papai,
E ela fica de pé e não cai.
Um dia, sem razão,
Ela caiu das minhas mãos no chão!
Quebrou o narizinho e o pé,
Minha boneca chorou até!
Mandei chamar o doutro,
Que sabia tratar sem dor.
Tratou, tratou, tratou...
Minha boneca logo sarou
Fim.
Você Sabia?
Histórias brasileiras são mais divertidas, passam uma mensagem de leveza e gozação.