Sempre que a onça via o gato pular de grandes alturas, ficava muito admirada com a leveza, sem nenhum ruído virava o corpo e caia com a maior tranqüilidade. A onça pensava: “preciso aprender esse pulo, se eu soubesse pular com tanta sutileza serei a mais esperta e serei invencível”.

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Resolveu então pedir ao gato que lhe desse aulas de pulo. Depois de muita conversa, o gato resolveu atender ao pedido da onça. Todos os dias no oco do pau, na curva do rio, se encontravam e... “Vamos comadre onça pule para frente, encolha as patas dianteiras, e jogue corpo para frente com a força das patas traseiras...” a onça pulava lá longe.

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E as aulas se sucediam, pulos para o lado, pulo para trás, pulos seguidos, salteados... a onça ia muito bem.

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Um dia depois da aula a onça fez um convite ao gato. Na verdade fez uma aposta; quem pulasse mais longe seria declarado o mais ágil da floresta.

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No caminho a onça virou-se para o gato e disse: “compadre vamos ver qual de nós apanha um lagarto num só pulo?”

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O gato concordou e disse: “já lhe ensinei muitos pulos, vá compadre pule primeiro”.

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“Não compadre pule você primeiro, afinal é professor.” – respondeu a onça.

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O gato pulou em cima do lagarto e a onça pulou em cima do gato, mas o gato deu uma volta no corpo e se livrou da onça.

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A onça desapontada disse: -“Compadre gato esse pulo o senhor não me ensinou!”

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O gato então respondeu. –“Comadre onça, nem sempre o mestre ensina tudo que sabe ao aprendiz”.